quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Meu dilema maluco com o tempo

Durante boa parte do tempo eu sofro com alguns dilemas cotidianos aparentemente inúteis ou bobos e por vezes me pergunto se as outras pessoas passam por isso também. Não são grandes questões existenciais, mas incomodam o desenrolar do meu dia-a-dia. Julguem-me se quiserem ou se identifiquem se passam pela mesma situação e construímos assim uma ponte em nós (porque eu sempre faço referência à alguma música nos meus textos? Esse, por exemplo, já é um dilema).

Esses dias eu resolvi adiantar cinco minutos no meu relógio pra tentar não chegar atrasada nos lugares. Sim, eu sofro desse mal. Daí, primeiramente, não funcionou porque eu já sabia que eu havia adiantado esse tempo e logo, quando eu acordava, eu sabia que eu tinha mais cinco minutos pra procrastinar e continuei chegando atrasada. O que eu fiz? Um dia tentei não ver a hora real do relógio e o adiantei apenas pressionando o botão sem contar quantos minutos eu tinha adiantado, assim eu não ia saber quanto tempo eu tinha passado e não teria como me sabotar - Inclusive eu fico pensando a maravilha que seria se um dia alguém adiantasse meu relógio sem que eu percebesse e eu, enganada, passaria a funcionar normalmente. Mas ninguém nunca fez isso... Fica a dica aí pra quem é meu amiguinho e lê esse blog.

Voltando ao assunto, eu adiantei lá os tantos minutos que eu não sabia quanto e funcionou, eu comecei a acordar atrasada e fazer as coisas atrasada quando na verdade inconscientemente eu estava fazendo tudo na hora certa. A mente da gente funciona de uma forma maluca algumas vezes, né?

Só que um dia aconteceu de eu não ter mais noção da hora certa porque eu achava que havia perdido a hora e na verdade estava cerca de vinte minutos adiantada e não sabia mais se, por exemplo, o ônibus daquele horário já teria passado ou se a pessoa que eu marquei de encontrar já havia chegado e ido embora, etc. E então eu comecei a ter que pesquisar a hora certa no Google porque a do meu relógio já não satisfazia mais esses questionamentos. E tinha que perguntar a hora às pessoas na rua pra ter uma noção e isso foi virando uma paranoia meio tensa. 

O estopim foi um dia que eu tinha que estar na parada do ônibus às 5h25 da manhã, o dia já estava claro e eu tinha plena consciência que havia perdido o ônibus (o que me deixou angustiada). Até que resolvi perguntar ao moço que estava ao meu lado que hora era e ele me disse "5h05". Eu fiquei ligeiramente impressionada e também confusa porque o dia já estava claro e eu não sabia que horas eram direito e enfim... Resolvi colocar meu relógio na hora certa.

Só que chegando ao trabalho a hora no relógio de uma das minhas colegas estava dez minutos a mais e passou a impressão que eu estava atrasada. Conclusão: Eu sei lá que loucura foi essa.

Agora eu voltei para os simples cinco minutos adiantados porque aparentemente é o que todo mundo faz e vou ter que condicionar meus hábitos mesmo pra encontrar um meio termo entre o meu tempo e o tempo dos outros. O horário oficial de Brasília é só um parâmetro pra todo mundo se adiantar de acordo com ele, não vale muita coisa no meu dia-a-dia.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Uma historinha pra vocês

Hoje eu resolvi contar uma das várias histórias bizarras que já aconteceram comigo. O mundo é um lugar incrível, com milhões e milhões de espécies animais e vegetais. Segundo o Wikipédia, o número total da população do planeta atingiu mais de 7 bilhões, o que totaliza gente pra caramba.

Pois bem, eu já conheci um grande número de pessoas por onde caminhei, grande parte nem tenho adicionado no Facebook (lá, tenho pouco mais de 400 pessoas e vivo fazendo “limpeza” pra ver quem ainda deixo permanecer), mas os fatos mais bizarros da minha sempre se deram a partir de pessoas que já conheci e situações que estas me fizeram passar... como se já não bastasse o número de situações que eu mesma me causo.

Estava eu em pleno período de graduação, meados de 2010, ainda morava em João Pessoa (saudades) e em um feriado resolvi viajar para Natal (cidade onde moro atualmente), pra aproveitar um pouco mais e ver gente diferente. Ao chegar aqui, logo fiquei sabendo de uma calourada que seria muito legal, segundo as pessoas daqui, e uma amiga e eu resolvemos ir.

Chegando lá, [mas que vergonha, só tinha mac...] a festa já tinha começado e tinha pouca gente, a bebida estava quente e o pessoal meio morgado. Mas, já que estava lá, o jeito era tentar aproveitar. A banda começou a tocar e chegou um cara que me chamou pra dançar. “Opa! Vamos lá moço, me anime”, pensei enquanto aceitei o pedido. Sem contar que o broto era muito bonito.

Dois pra lá, dois pra cá, o cara pergunta meu nome. Respondo, e antes mesmo de perguntar o seu, ele solta “é sério? Esse é o nome da minha mãe!” Mas o que? Pensei logo que seria uma daquelas cantadas baratas, visto que sempre imaginei que eu seria a primeira senhora de idade a se chamar Malu (Malu mesmo).

Mas não, era real. E por eu ter a sorte de ter o mesmo nome da mãe dele, me parece que ele se sentiu acolhido a ponto de me abraçar e dizer “eu tô sofrendo porque acabei o namoro...”.  E aí, faço o que contigo? Me vi no meio de uma festa [estranha com gente esquisita, eu não tô legal, não aguento mais] morgada, com um carinha abraçado comigo e o pior, chorando no meu ombro. Olhei pra um lado, olhei pro outro e: “cara, senta aqui, deixa eu te contar um segredo... quando a gente tá assim, a gente não vem pra uma festa encher a cara não, a gente sofre em casa mesmo e se resolve primeiro” e ele sorriu, tadinho. Disse que iria pensar melhor e procurar a ex pra resolver a situação, que iria engolir o orgulho.

Depois ainda dançamos mais uma música e ele perguntou o que eu fazia da vida, eu só disse que era estudante. Já pensou se eu conto pro cara que estava fazendo o curso de Psicologia? Desde então, em lugares assim eu digo que faço engenharia de telecomunicações, que é pra encurtar o processo. Ai ai, eu e minha missão na Terra...