segunda-feira, 29 de junho de 2015

A massa que eu sou feita (Filmes)

Filmes são quase como livros, nos causam emoções e sentimentos que na ausência disso levaríamos mil anos para sentir. Quando muito ruins, a sensação de ter perdido duas horas do nosso tempo precioso é frustrante. Quando muito bons, a sensação de insignificância diante da beleza do mundo é gritante. É mais ou menos assim que eu me sinto. Já perdi a conta do número de filmes que eu assisti até hoje, assim como me falha a memória os que assisti há muito tempo atrás, mas sempre existem aqueles que eu me sinto despida e descrita, e as vezes nem identifico o porquê. Foi difícil elaborar uma lista tão curta, e provavelmente daqui um tempo a lista já estará atualizada na minha vida (talvez em 12 horas), mas essa é a graça da coisa: a gente se constrói e se destrói a cada novo encontro que nos modifica. Sem mais delongas, vamos começar:

Nota: Não farei críticas ou comentários técnicos inteligentes. Só escreverei o que senti e o que cada um representa pra mim.

1. The Teory of Everything (A Teoria de Tudo):

De longe, o filme que mais me causou um turbilhão de sentimentos, passei dias para elaborar e até hoje não consigo direito. A grosso modo, conta um pouco da história do físico britânico Stephen Hawking, a partir do seu relacionamento com a primeira esposa, o desenvolvimento de sua tese e as dificuldades em lidar com uma doença bem limitante. Eu não sei o que mais me chamou atenção, se foi a incrível capacidade de resiliência dele, ou o comprometimento, disponibilidade e abertura da primeira esposa para com ele. Em uma linha mais rasa, foi o que Intocáveis e Uma Mente Brilhante me fizeram sentir também. A Teoria de Tudo me fez repensar muitas coisas a meu respeito, sem contar que eu sonhei durante alguns dias com a história misturada a elementos da minha vida. Detalhe: a forma de sorrir do ator durante o filme me encantou profundamente.



2. Medianeras (Buenos Aires na Era do Amor Virtual):

Diferente do primeiro, este é um filme melancólico. Misturando elementos da arquitetura e conflitos psicológicos, representa as patologias existenciais da sociedade atualmente. Em resumo, mostra um pouco da vida de um rapaz e uma moça que vivem um de frente para o outro, na mesma avenida, mas nunca se viram. Ambos estão tentando retornar à vida de solteiros. A solidão, as fobias, os vícios... até um cachorro "se suicida" no filme. Fiquei levemente triste ao assisti-lo e me identifiquei bastante com algumas coisas. Mas mesmo relatando toda essa melancolia, traz um final bacana que me fez pensar o seguinte: é, a gente sobrevive, é só abrir uma janela onde não tem.



3. Fight Club (Clube da Luta):

Um filme que me prendeu a atenção de uma maneira que me surpreendeu muito. Eu não sei como ou o porque (e isso é até meio maluco), mas me identifiquei com algumas coisas que os três (ou seriam dois?) personagens principais apresentam. Eu nem me atrevo a fazer um resumo básico aqui porque sou incapaz. É como falar que Breaking Bad é só uma série sobre um professor de química que descobre que tem câncer e começa a fabricar droga em prol da família. A sensação que eu tive com Clube da Luta foi de um soco no estômago (hahaha).

"Only after you lost everything that you free to do anything."
- "Apenas depois que você perder tudo é que você esta livre para fazer qualquer coisa."

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4. Relatos Salvages (Relatos Selvagens):

Digamos que esse filme pode ser resumido em uma frase: A vida é uma caixinha de surpresas! O filme é dividido em contos, histórias cotidianas que são levadas a fins extremos de personagens perdendo o controle e envolvendo vinganças. É sensacional, divertido e instigante. Sem contar o humor negro!! Eu senti um verdadeiro comichão assistindo a cada uma das histórias. A do avião, a da bomba e a do casamento pra mim foram as melhores. Se isso diz algo sobre mim? Deixa quieto. Só em escrever aqui eu já estou inquieta.  



5. About Time (Questão de Tempo):

Esse foi um filme que mudou verdadeiramente uma coisa na minha vida: minha relação com o tempo. O filme e a minha terapia, claro. Tem uma parte meio clichê, os homens da família do cara possuem o dom, poder ou o que seja, de entrar em um armário ou qualquer lugar pequeno e fechado, e voltar no tempo para modificar o que quiserem. Porém ele deixa claro que não dá pra voltar no tempo no sentido de outras épocas, só em momentos da vida da pessoa mesmo. Mas tem um desenrolar bacana e um final que me fez mudar de verdade um conceito na minha vida: o desejo de querer voltar pra reparar o que eu não fui capaz de fazer em algum dado momento.



6. Entre Abelhas:

As pessoas somem! Só precisou disso pra despertar minha curiosidade. Em suma, o protagonista se separa da mulher e começa a deixar de ver as pessoas ao longo de um determinado tempo. Isso o faz pensar em várias questões. O curioso é que ele deixa de vê-las, assim como tudo que está relacionado a elas (como as roupas e acessórios que usam ou estão segurando). Porém ele as sente, se esbarrar na rua por exemplo. Ao procurar uma análise, ele começa a pensar o porque disso e etc. O que eu concluí em um primeiro momento é que, as vezes só quando deixamos de enxergar os outros é que começamos a olhar para nós mesmos. Daí em diante, põe reflexão nisso. Detalhe: Eu queria comprar uma cadeira vermelha (mas não precisa ser de puteiro).



É isso. Ah, e só mais uma coisa, minha intenção não foi classificar os melhores filmes da indústria  e etc. Inclusive existem muitos outros que eu adorei, e outros mais que eu ainda não ví é claro, que podem ser melhores. Esses são só os que representam questões específicas e situacionais de reflexão profunda (nossa!) que eu percebo se encaixar na minha vida de alguma forma.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Chata

Ando chata. Ranzinza mesmo. Mas, por isso, mais leve. É preciso assumir a chatice de vez em quando, a impaciência pra certas situações. Não é porque compreendemos as coisas que precisamos aceitá-las, concorda? Eu tenho pensado assim ultimamente.
Não me violo. Não me desrespeito mais. Não frequento lugares que não quero só pra não assumir a terrível e assustadora solidão, que nem é tão assustadora assim. Não me movimento em prol de quem não se movimenta. Não puxo ninguém pra perto, sinto que ando empurrando muito mais. Fica quem quer, e aí eu fico se eu quiser também.
Há um tempo que decidi não enfrentar o que não tenho interesse. E esse tempo tem sido determinante para os dias que se sucedem. Houve um tempo que sim, eu fiz tudo que queria e o que não queria também. Mas agora, por já ter feito isso, tenho o prazer de não querer mais. E isso se estende pra muita, muita coisa, por isso nem vou citar exemplos. Falando nisso, também ando me privando de grandes explicações. Oras, que não me entendam! 
Há uma dose grandiosa de liberdade em permitir que o outro não me compreenda, ou não me aceite. Isso me permite também não ter que impor nada ou ninguém à mim. 
Por não andar buscando mais nada, tenho encontrado uma infinidade de pequenas coisas. Por não andar querendo surpresas, não me frusto em não encontrar nada na próxima esquina. Por saber o que quero e o que não quero, sou feliz e triste quando posso ser. Por me permitir, permito que tudo aconteça. Por me conhecer, conheço o que posso dar conta. E o que não dou conta, tenho o prazer de mandar embora.


Pare um pedaço.

terça-feira, 9 de junho de 2015

10 lições pra arrumar um namorado

Dia dos namorados tá chegando e pra você não fazer como eu e arrumar um namorado, segue uma receitinha de bolo que eu criei a partir de informações coletadas de terceiros sobre a arte da conquista.


1 – Se ele mencionar algo sobre relacionamento no sentido dele ter medo de se envolver, fale que não quer nem tem intensão. Jamais na sua vida assuma que você busca um compromisso sério e saudável;

2 – Não ligue para ele no dia seguinte;

3 – Não o chame para sair a não ser que ele te chame. Nem esteja disponível mesmo querendo estar com ele;

4 – Demonstre o mínimo possível que está se interessando e seduza o máximo possível como se aquele momento fosse o último;

5 – Jamais se apaixone primeiro, ou se acontecer, não demonstre. Isso prejudica muito o andamento das coisas;

6 – Cerque-o sorrateiramente;

7 – Não seja você logo de cara, o mistério é essencial;

8 – Não responda as mensagens rapidamente, fale pouco e não avise caso não possa atender uma ligação ou realmente tiver que demorar a atender;

9 – Não fale como se sente, mesmo se estiver chateada com alguma atitude do cara. Ainda não estão namorando então vocês não tem nada;

10 – Volte ao número um a cada semana até que ele te peça em namoro. Mesmo isso levando meses.

Espero que dê certo e que você tenha frieza o bastante para conseguir fazer isso. Eu não consigo. E só pra deixar claro, essas são lições só pra arrumar um namorado tá? Não digo pra arrumar um cara bacana e que seja um bom companheiro não. Pra isso aí, não tem receita. 

Love is in the aaaaaair!!!

Ai gente, feliz dia dos namorados! <3
Cada um sabe a dor e alegria de buscar um tênis velho pra um pé cansado.

sábado, 6 de junho de 2015

30 coisas antes dos 30 (Lista)

Quem leu a postagem 50 coisas sobre mim viu que uma delas é que eu cumpri uma lista de 20 coisas pra fazer antes dos 20 e agora tenho uma de 30 coisas pra fazer antes dos 30. Resolvi postar a lista aqui pra quem gosta de sair da rotina e se desafiar, afinal, a vida é uma só.

1. Pintar o cabelo inteiro de outra cor.

2. Nadar pelada em uma piscina.

3. Comprar flores pra um estranho.

4. Pichar um muro.

5. Fazer uma grande viagem.

6. Fazer um teste drive em um carro que eu nunca vou poder comprar.

7. Escrever um livro.

8. Provar vestidos de noiva.



9. Escrever uma carta honesta à cada um dos meus melhores amigos.

10. Aprender a tocar violão.

11. Ir à um estádio de futebol em dia de jogo e gritar todos os palavrões que eu conheço.

12. Ir à um templo budista.

13. Salvar a vida de alguém.

14. Doar sangue ou medula.

15. Fazer uma maratona de todos os filmes que estejam em cartaz no cinema (tipo, sair de um e entrar em outro, pagando claro).

16. Terminar o inglês.

17. Ler todos os livros que comprei.

18. Consultar uma cartomante.

19. Aprender um oficio inútil.



20. Fazer um ensaio fotográfico sexy (ui!).

21. Desconectar-me totalmente do mundo por uma semana.

22. Superar um medo.

23. Fazer um mapa astral.

24. Aprender a fazer massagem.

25. Me apaixonar.

26. Dizer eu te amo.

27. Aconselhar-me com uma criança.



28. Pagar uma rodada de cerveja pra todo mundo em algum bar.

29. Acampar.

30. Planejar uma comemoração bem legal para os 30!!!


quarta-feira, 3 de junho de 2015

PEDIDO

Deixem o mundo em paz!

Deixem os bichos e as árvores respirarem, isso nos ajuda a viver melhor.

Deixem as crianças e seu jeito de correr, pular, brincar e cantar.

Deixem os adolescentes e suas dúvidas experimentarem o novo.

Deixem os viados, as travas, os machos, as putas e os héteros viverem suas formas de amor.

Deixem os vegans e os carnívoros se alimentarem e fazerem suas dietas como acharem que devem.

Deixem os religiosos rezarem e os ateus não acreditarem. 

É muita crítica destrutiva e pouca abertura para a compreensão. Ou vocês acham que ao potencializar alguém a encontrar seu caminho, as escolhas posteriores serão ruins aos outros? 

Eu vi o contrário.

Eu vi gente que foi podada de diferentes maneiras fazer o mal. E gente que recebeu confiança e autonomia fazer o bem sem olhar a quem. 

Sejamos autênticos, respeitando a nós mesmos e os outros, e eu tenho absoluta certeza que tudo será mais leve e sereno.

Nesse momento, eu juro, somos infinitos.