terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Um Quarto de Século

2016 é o ano em que eu completo 25 anos. Um quarto de século. Alguns consideram pouco tempo, outros consideram uma idade chave para se dar certos avanços na vida. Eu considero um bom tempo. Se eu conquistei grandes coisas até aqui? Depende do ponto de vista.

Não alcancei o que sonhava aos 15, mas meus sonhos mudaram então não dá pra contar com isso. Posso dizer que os sonhos de agora, àqueles para curto prazo, eu estou realizando. Para isso, obviamente, eu tive que me tornar menos exigente e mais aberta à outras experiências. Sem contar as coisas que consegui sem ter sonhado antes, as surpresas das decisões tomadas em cima da hora, aos 45 do segundo tempo. Essas sim foram difíceis pra caramba, mas me fizeram feliz.

Hoje eu não tenho tantos amigos como antes, precisei podar a árvore (e o tempo se encarregou de outros). Hoje eu não saio com frequência nos fins de semana, nem ouço mais todo tipo de música. Hoje eu estudo mais, muito mais do que antes. Hoje eu prezo pelo meu apartamento, que é quase uma extensão do meu corpo. Moro sozinha, faço a maior parte das minhas atividades sozinha. E isso é bom.

Hoje eu moro em uma cidade que há menos de três anos jamais imaginei que moraria, nem desejava. Com isso descobri como as coisas podem mudar, como eu posso mudar. E por isso mesmo, tenho a sensação que me conheço muito mais. Defendo meus limites com unhas e dentes, mas ainda flerto com a linha tênue. Não aprendi a selecionar demais quem me acessa, mas aprendi a identificar aos poucos quem eu quero que permaneça. 

2016 começou de uma maneira inusitada e pesarosa. Houve um nascimento e uma morte, não só do ano novo e velho. Também se inicia com mudanças que foram plantadas em 2015. Inicialmente meu calendário de eventos já mudou, minha rotina também mudará, e só Deus sabe mais o quê.

Os caminhos que 2015 me indicou foram seguidos, e já não há tantos rastros. Os fantasmas também desapareceram, aparentemente. A única coisa que me segue é a sensação que não há outra vida que eu poderia estar vivendo além desta, e que daqui pra frente tudo pode acontecer.

2015 não foi um ano muito doloroso, foi um ano de transição entre o terrível 2014 e este 2016 que se inicia, ainda sem definição ou adjetivo. A minha única meta para 2016 é: não esperar nada demais. 

O que eu tinha de deixar ir, de forçar ir, de resolver para que não me tome por meu descuido, eu deixei, eu forcei, eu resolvi. Eu escolhi novamente por mim, eu me elegi para 2016.


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